A situação está complicada para a Walt Disney Pictures em relação ao lançamento de Alice no País das Maravilhas. Ao
menos em relação aos cinemas europeus. A decisão em diminuir o período da janela entre os lançamentos do filme nos cinemas e em DVD/Blu-ray, de 16 para 12 semanas, tem gerado protestos dos exibidores. E alguns deles já anunciaram que pretendem boicotar o filme, sem exibi-lo em suas salas.
Esta foi a decisão dos grupos Minerva, Pathé, Wolff e Jogchems, que detêm o controle de 80 a 85% das salas de cinema da Holanda. “Todos nós perderemos dinheiro com esta decisão, já que esperamos que este seja um dos filmes mais populares do ano. Mas decidimos que é preciso enviar uma mensagem à indústria: se não aceitarem nossos termos, jamais exibiremos seus filmes novamente”, declarou Youry Bredewold, representante da Pathé e do sindicato local dos donos de cinema.
Uma situação menos drástica ocorre na Inglaterra, onde três cadeias exibidoras – Odeon, Vue e Cineworld – também protestam pela decisão da Disney. Só que, ao invés de não exibirem o filme, elas resolveram não mais exibir seu trailer nem divulgá-lo com cartazes. As três empresas possuem cerca de 60% das salas convencionais e em torno de 90% das salas 3D do Reino Unido. Para contornar a situação, o estúdio do Mickey enviou na semana passada os executivos Bob Chapek e Chuck Viane, para negociar com os exibidores locais.
Já nos Estados Unidos, a decisão foi aceita sem grandes protestos pelos exibidores americanos.