Lembrando como havia dito no último post, irei fazer uma série de posts especiais, dedicados a falar sobre o que dizem teorias científicas e religiões sobre a vida.
A matéria de hoje será sobre a hipótese de Gaia, também conhecida como hipótese biogeoquímica.
A hipótese Gaia foi criada em 1969 pelo investigador britânico James E. Lovelock, com o nome de hipótese de resposta da Terra, e foi renomeada pela sugestão de seu colega, William Golding, como Hipótese de Gaia, em referência a Deusa grega suprema da Terra, Gaia.
A hipótese de Gaia se trata de uma controversa em ecologia profunda que propõe que a biosfera e os componenetes físicos da Terra (atmosfera, criosfera, hidrosfera e litosfera) são intimamente integrados de modo a formar um complexo sistema interagente que mantêm as condições climáticas e biogeoquímicas preferivelmente em homeostase. Isso segundo a Wikipedia, mas pode ser explicada duma forma mais simples.

James Lovelock, criador da tese.
Essa hipótese sugere que todos os organismos vivos estão ligados entre si e entre o ambiente, ou seja, dizendo sutilmente que a Terra é um organismo vivo.
Essa teoria é algo bastante curioso, pois levanta todo uma nova idéia de como pode ter surgido a vida, e se aprofundando um pouco mais, poderia ser um indício de que os seres vivos são formados de uma energia vital que transita pelo meio das estruturas orgânicas.
Gostaria de ressaltar que essa hipótese não é algo provado, eu pessoalmente não acredito nela (não disse que duvido, apenas não acredito), porém é algo realmente intrigante, e vale a pena ser citado nesse especial.

A Deusa Gaia
Como surgiu
James Lovelock, junto com a
bióloga estadunidense Lynn Margulis analisaram pesquisas que comparavam a atmosfera da Terra com a de outros planetas, vindo a propor que é a vida da Terra que cria as condições para a sua própria sobrevivência, e não o contrário, como as teorias tradicionais sugerem. Segunda a hipótese, a Terra teria uma capacidade própria de controlar e manter as condições físicas e químicas propícias para ela através de mecanismos de retroalimentação. Assim, os fatores bióticos teriam o controle sobre os abióticos, proporcionando as condições ideais de sobrevivência para os seres vivos.
Relação Ser Humano – Gaia
As reações da Terra às ações humanas podem ser entendidas como um
a resposta auto-reguladora desse imenso organismo vivo, Gaia, que sente e reage organicamente os danos causados pelos seres Humanos. A emissão de gás carbônico, de clorofluorcarbonetos (CFCs), desmatamentos de biomas importantes como a floresta

Amazônica, a concentração de renda, o consumismo causam sérios danos ao grande organismo vivo e aos outros seres vivos, inclusive ao ser humano. Por isso há aumento do efeito-estufa, a intensificação de fenômenos climáticos, o derretimento das calotas polares e da neve eterna das grandes montanhas, etc.
Apesar das dificuldades de explicar o que é a vida no mundo científico, essa teoria é uma nova forma de se entender o meio ambiente.
A Terra é uma interação entre o vivo e o não-vivo. A analogia da Sequóia esclarece muito: é uma espécie de árvores que chega até 115 metros de altura, e é composta por 97% de material não-vivo. Comparando-a com o planeta Terra, pode-se perceber que o planeta é composto por uma grande quantidade de material não-vivo e possui uma fina camada de vida (seres vivos). O grande corpo do planeta tem a capacidade de auto-regulação, fruto da interação dos seres vivos e não-vivos.
O jogo Sim Earth, da Maxis, criado em 1990, faz uma notável referância a essa teoria. Nesse jogo você deve desenvolver um planeta desde o zero, até o nascimento de uma forma de vida inteligente e além.

O jogo Sim Earth. Lembrando que ele é de 1990…
Bom, aqui termina a primeira (segunda, se você contar contar com a introdução feita ante-ontem). Espero que tenham gostado, e já vou avisando que não faço idéia sobre o que será a próxima edição.