E na ciência acreditamos, graças a Deus…
By: Luca Lobo
Em vez de matar células cancerígenas com drogas tóxicas, cientistas de Harvard descobriram um caminho molecular que as obriga a envelhecer e morrer.
As células cancerígenas se espalham e crescem porque podem dividir-se indefinidamente. Mas um estudo em ratos mostrou que o bloqueio de um gene causador do câncer chamado Skp2 forçou células cancerígenas a passar por um processo de envelhecimento conhecido como senescência – o mesmo processo envolvido na ação de livrar o corpo decélulas danificadas pela luz solar.
Se você bloqueia o Skp2 em células cancerígenas, o processo é desencadeado, relatou Pier Paolo Pandolfi da Harvard Medical School, em Boston, e colegas em artigo publicado na revista “Nature”. A droga experimental contra o câncer MLN4924, da Takeda Pharmaceutical – já na primeira fase de experimento clínico em humanos – parece ter o poder de fazer exatamente isso, disse Pandolfi em entrevista por telefone. A descoberta pode significar uma nova estratégia para o combate ao câncer. “O que descobrimos é que se você danifica células, as células têm um mecanismo de adensamento para se colocar fora de ação”, disse Pandolfi. “Elas são impedidas irreversivelmente de crescer.” A equipe usou para o estudo ratos geneticamente modificados que desenvolveram uma forma de câncer de próstata. Em alguns deles, os cientistas tornaram inativo o gene Skp2. Quando o rato atingiu seis meses de vida, eles descobriram que os portadores de um gene Skp2 inativo não desenvolveram tumores, ao contrário dos outros ratos da pesquisa. Quando eles analisaram os tecidos de nódulos linfáticos e da próstata, descobriram que muitas células tinham começado a envelhecer, e também encontraram uma lentidão na divisão de células. Esse não era o caso em ratos com a função normal do Skp2. Eles obtiveram efeito semelhante quando usaram a droga MLN4924 no bloqueio do Skp2 em culturas de laboratório de células de câncer da próstata.
O Surgimento da fotossíntese foi um dos momentos grandiosos da história da vida aqui na Terra. Começou quando um grupo de organismos banhados pela imponente radiação do nosso Sol branco-amarelado, começou a retirar o CO2 da atmosfera para produzir sua matéria orgânica pessoal.
A temperatura do planeta começou a baixar (lembre-se que o CO2e um gás estufa) e uma nova era do gelo começou. Talvez o primeiro caso de “poluição” em massa, provavelmente levando milhares de organismos anaeróbicos (que não utilizam o oxigênio para respiração) a desaparecerem para sempre. O resto, faz parte da história botânica do nosso planeta. Até certo momento, quando um animal, uma pequena lesma marinha, batizada de Elysia chlorotica, “roubou” o maquinário necessário para a fotossíntese.
Em novembro de 2008 na revista PNAS, foi publicado uma pesquisa demonstrando que a E. chlorotica possui um gene, opsbO, que é idêntico ao da alga em que ela se alimenta, Vaucheria litorea, não existente em nenhum outro animal e faz parte do sistema fotossintético de plantas e de microalgas como a Euglena (um gênero de algas unicelulares do grupo das euglenófitas).
A habilidade de fazer fotossíntese, por aproximadamente nove meses após se refestelar em algas marinhas, ocorre devido a ingestão dos plastídios durante o desenvolvimento juvenil do molusco (por isso sua cor esmeralda) já havia sido descrita em artigos anteriores do mesmo grupo de pesquisa de Mary E. Rumpho, responsável pela identificação do gene PsbO no genoma da E. chlorotica. Mas como foi que a lesma “roubou” o gene da alga e começou a fazer fotossíntese? Essa característica de roubar, é conhecida técnicamente como cleptoplastia, e deve ter acontecido com os ancestrais da lesma e da alga, que possuem essa profunda intimidade há milhares de anos atrás, onde acidentalmente o gene foi sequestrado no genoma da lesma em uma transferência horizontal gênica.
Foto de E. Zhang
A organização da Sony World Photography Awards divulgou nesta terça-feira (23) os 190 fotógrafos finalistas em 21 categorias de um dos mais importantes prêmios de fotografia do mundo. Ao todo, cerca de 80 mil imagens, de profissionais de 148 diferentes países, foram inscritas no concurso. Os vencedores serão conhecidos em 22 de abril em Cannes.
Foto de Steve Morenos
Foto de Karolos Trivizas
Sandipan Dutta
Um grupo de paleontólogos descobriu uma nova espécie de dinossauro, já batizada de abydossaurus, que viveu há 105 milhões de anos no estado de Utah, nos Estados Unidos. Entre os fósseis encontrados em pedras muito duras estão quatro crânios, dois deles completos. O bicho descoberto pertence ao grupo dos saurópodes, que eram muito grandes, tinham pescoço e rabo compridos e eram herbívoros. Segundo os cientistas, que publicaram o achado no periódico científico Naturwissenshaften, é muito raro encontrar crânios de animais desse grupo, já que eles tinham os ossos da cabeça muito finos e leves, fato que os ajudava a não sobrecarregar o longo pescoço.
Seguem fotos:
MUTCHO LOCO!!! Coisas que você nem imagina!!!
Uau! Eu não sabia que minha bateria fazia isso!
Cientistas descobriram um ancestral dos homens atuais de 4,4 milhões de anos. OArdipithecus ramidus (ou apenas “Ardi”, como é carinhosamente chamado) foi descrito minuciosamente por uma equipe internacional de cientistas, que divulgou a descoberta em uma edição especial da revista “Science” desta semana.
O espécime analisado, uma fêmea, vivia onde hoje é a Etiópia 1 milhão de anos antes do nascimento de Lucy (estudado por muito tempo como o mais antigo esqueleto de ancestral humano).
Restos do "Ardi"
“Este velho esqueleto inverte o senso comum da evolução humana”, disse o antropólogo C. Owen Lovejoy, da Universidade Estadual de Kent. Em vez de sugerir que os seres humanos evoluíram de uma criatura similar ao chimpanzé, a nova descoberta fornece evidências de que os chimpanzés e os humanos evoluíram de um ancestral comum, há muito tempo. Cada espécie, porém, tomou caminhos distintos na linha evolutiva. Ardi, porém, tem muitas características que não aparecem nos macacos africanos atuais, o que leva à conclusão de que os macacos evoluíram muito desde que nós dividimos o último ancestral comum.
O estudo de Ardi, em curso desde que os primeiros ossos foram descobertos, em 1994, indica que a espécie vivia nas florestas e que poderia subir em árvores. O desenvolvimento de seus braços e pernas, porém, indica que eles não passavam muito tempo nas árvores: eles podiam andar eretos, sobre duas pernas, quando estavam no chão. “Esta é uma das descobertas mais importantes para o estudo da evolução humana”, disse David Pilbeam, curador de paleoantropologia do Museu de Arqueologia e Etnologia de Harvard. “É relativamente completo, na medida em que ficaram preservadas a cabeça, as mãos, os pés e algumas outras partes importantes. Ele representa um gênero possivelmente ancestral dos Australopithecus – que eram ancestrais do nosso gênero Homo”.
O pesquisador lembrou que Charles Darwin, cujas pesquisas no século 19 abriram o caminho para a ciência da evolução, foi cauteloso sobre o último ancestral comum entre humanos e macacos. “Darwin disse que temos de ter muito cuidado. A única maneira de sabermos como este último ancestral comum se parecia é encontrando-o”, afirmou White. “Em 4,4 milhões de anos, encontramos algo muito próximo a ele.”
Alguns detalhes sobre Ardi:
– Ardi foi encontrada em Afar Rift, na Etiópia, onde muitos fósseis de plantas e animais (incluindo 29 espécies de aves e 20 espécies de pequenos mamíferos) foram descobertos. Achados perto do esqueleto indicam que, na época de Ardi, a região era arborizada.
– Os caninos superiores de Ardi eram mais parecidos com os pequenos e grossos dentes de humanos modernos do que com os grandes e afiados caninos de chimpanzés machos. Análise do esmalte dentário sugere uma dieta diversificada, que incluía frutas, folhas e nozes.
– Ardi possuía um focinho saliente, dando a ela uma aparência simiesca. Mas não tão para a frente como os focinhos dos macacos modernos. Algumas características de seu crânio, como a área sobre os olhos, diferem muito dos chimpanzés.
-Detalhes do fundo do crânio, onde nervos e vasos sanguíneos encontram o cérebro, indicam que o órgão ficava posicionado de maneira semelhante ao dos humanos modernos. Segundo os pesquisadores, isso indicaria que os cérebros dos hominídeos já estavam posicionados para abranger áreas que envolvem aspectos visuais e de percepção espacial.
-Suas mãos e punhos eram uma mistura de características primitivas e modernas, mas não possuíam marcas características dos modernos chimpanzés e gorilas. Ela tinha as palmas das mãos e os dedos relativamente curtos, que eram flexíveis e permitiam que aguentasse o peso do próprio corpo enquanto se movia por entre as árvores. Mesmo assim, ela tinha de tomar muito cuidado ao escalar, pois faltava-lhe as características anatômicas que possibilitam aos macacos atuais balançar, agarrar e mover facilmente entre as árvores.
-A pelve e o quadril indicam que os músculos dos glúteos eram posicionados de modo que ela pudesse andar em pé.
– Seus pés eram rígidos o suficiente para caminhar, mas o polegar era grande o bastante para possibilitar escaladas.
O Ardi não era lindo?
Quem Somos Nós
Quem somos nós? De onde viemos? Para onde vamos?
É difícil crer que exista alguma pessoa em todo o mundo que nunca haja feito essa pergunta para si própria, nem se por apenas um minuto.
Onde começa, e onde termina o “existente”? O existente é “infinito”?
É algo muito difícil de acreditar que exista um “fim”, um limite, um lugar onde você possa falar “acabou, não existe mais nada além disso, vamos voltar que não há mais nada pra se ver”.
Existe algo além do mundo orgânico, do universo material, algum lugar onde exista muito mais do que apenas aquilo que nossos olhos enxergam, que a ciência prova e explica, com precisão?
É impossível ter certeza sobre esse assunto. É algo que sempre alguém vai tentar explicar, mas nunca vai conseguir convencer todos. O certo é criar você próprio o que você vai acreditar, e não acreditar em alguma coisa só porque todos acreditam.
Em quem devemos acreditar? Na ciência? Na religião? Em nenhum dos dois? Ou nos dois?
A religião é algo simples, porém complexo. Já a ciência é algo complexo, porém simples. Mas como assim?
A religião é algo cuja teoria é extremamente simples, que poderíamos seguramente explicar tudo que acontece, em resumo, por Deus. Mas por que então, ela também é complexa? A religião abrange e explica absolutamente tudo, dá uma explicação exata de tudo que propõe. Mas ninguém pode provar que a religião é um caminho certo, pois ela simplesmente tira idéias do nada. Se o que alguma religião fosse provado, todas as nossas dúvidas teriam uma resposta, e o maior mistério da humanidade estaria acabado. Porém alguma religião ser provada é algo improvável.
A ciência ,por outro lado, é algo extremamente complexo, possuindo inúmeras fórmulas e procedimentos. A ciência tem uma explicação perfeitamente aceitável para tudo que ela diz, e se ela prova algo, aquilo é oficial, está certo e não há chances de estar errado, o máximo que pode acontecer é alguém futuramente detectar algum pequeno equívoco no que o cientista original propôs, porém a base continuará a mesma. Mas onde está o lado simples da ciência então?
A ciência só consegue explicar aquilo que vê. Não consegue dar absolutamente nenhuma resposta sobre o que há antes da vida, ou depois da vida, o que existia antes do Big Bang, e o que vai existir depois que o universo acabar. Se acabar. A ciência abrange uma área relativamente pequena do existente, apesar de por outro lado, conseguir provar tudo que abrange. É exatamente o contrário da religião.
Macacos também fazem reflexões.
Faça, se ainda não tiver feito, uma séria reflexão sobre essas perguntas. Quem somos nós? De onde viemos? Para onde vamos? Onde começa, e onde termina o “existente”? O existente é “infinito”? Em quem devemos acreditar? Na ciência? Na religião? Em nenhum dos dois? Ou nos dois?
Você nessa sua reflexão passará por vários caminhos. Terá horas que você terá certeza que não existe um Deus. Terá horas que você não conseguirá explicar nada sem partir na tese que Deus existe. Terá momentos que você não conseguirá enxergar como é possível existir algo além da morte. Porém haverá horas que você acreditará plenamente que a vida é infinita, independente de como, em reencarnação, em um paraíso, ou numa mistura dos dois.
Você passará várias vezes pela questão “O universo é infinito?” ou “Existe algo além do mundo orgânico e material?”
Após a essa reflexão, caberá a você definir em o que você irá acreditar.
O objetivo de todas as civilizações do universo é se desenvolver, e expandir seu conhecimento e domínio pelo universo.
O objetivo do Universo é responder à seguinte pergunta:
Quem Somos Nós
E acredito que nenhum criatura já tenha chegado a essa resposta.
Com esse texto, darei início a uma série onde tentarei explicar o que cada cultura, cada povo, cada religião e cada área da ciência crê. Qual o limite de cada uma entre o real e a especulação.
O envio de humanos a Marte exigirá a realização de pesquisas médicas na Estação Espacial Internacional pelo menos até 2020, um prazo cinco anos além do que prevê o atual orçamento da Nasa, segundo a principal cientista da agência espacial norte-americana para esse programa.
A estação é um projeto de 100 bilhões de dólares e 16 países, que está sendo concluído no ano que vem após mais de dez anos de obras. A prorrogação das suas atividades foi uma surpreendente conclusão da comissão da Presidência norte-americana que avalia o programa espacial tripulado dos EUA.
O relatório deve ser entregue nesta semana à Casa Branca, mas só será divulgado publicamente a partir de meados de setembro.
A comissão concluiu também que o orçamento anual da Nasa, de 18 bilhões de dólares -aproximadamente metade para projetos tripulados-, está cerca de 3 bilhões de dólares aquém do que seria necessário para realizar a iniciativa Constellation depois da aposentadoria dos ônibus espaciais e da estação. O objetivo do Constellation é levar o homem de volta à Lua, e de lá para Marte.
“A Nasa precisa da EEI (Estação Espacial Internacional),” disse a cientista Julie Robinson. “Uma permanência de seis meses na estação espacial será a melhor analogia que poderemos fazer para um trânsito de seis meses na microgravidade até Marte no futuro.”
De acordo com ela, as pesquisas sobre exposição a radiação, perda óssea e outros efeitos das longas viagens espaciais exigem que a estação funcione pelo menos até 2020. Só assim, de acordo com a cientista, será possível concluir que “o próximo passo além da órbita baixa da Terra (será) um passo seguro para a humanidade.”
A Nasa pretende gastar cerca de 2,5 bilhões de dólares por ano nas operações da estação espacial até 2015.
Em audiências públicas recentes, membros da Comissão de Planos para os Voos Espaciais Humanos disseram que o encerramento do projeto apenas cinco anos depois do fim da sua construção criaria atritos com os sócios Rússia, Europa, Japão e Canadá, que investiram muito no programa e esperam recompensas.
A ex-astronauta Sally Ride, presidente dessa subcomissão, disse que o grupo notou um amplo apoio à continuidade e até ampliação do programa da estação espacial em 2016 e além.
“Não começamos com essa perspectiva,” disse Ride. “Não achamos que tirar a EEI em 2016 faça sentido.”
Enquanto a Nasa e a Casa Branca começam a avaliar as recomendações da comissão, os 13 tripulantes da Estação e do ônibus Discovery começam em breve a descarregar mais de sete toneladas de novos equipamentos de laboratórios, mantimentos e peças de reposição para o complexo orbital.
Fonte: O Globo