Anatomia:
• ASAS PARA VÔO: As asas de um dragão poderiam ser comparadas às dos morcegos, que possuem quatro pontos de sustentação e são capazes de carregar mais peso que as asas de um pássaro, sustentadas em apenas dois lugares.
• A IMPORTÂNCIA DA CAPACIDADE DE FLUTUAÇÃO: Todos os animais carregam bactérias em seus intestinos que ajudam na digestão dos alimentos. Neste processo, as bactérias liberam um produto metabólico secundário: gás. As bactérias presentes no sistema digestivo dos dragões poderiam ter sido de um tipo raro, liberando hidrogênio gasoso. O hidrogênio, que é combustível e 14 vezes mais leve que o ar, seria o segredo da capacidade de voar e de soltar fogo dos dragões. O hidrogênio aumentaria o seu poder de flutuação, permitindo que voassem. O gás produzido seria canalizado para duas bolsas de armazenamento, as vesículas de vôo, que, quando totalmente infladas, ajudariam estes animais a levantar vôo.
• LEVE COMO UMA PLUMA: Animais voadores (pássaros, morcegos etc) são dotados de ossos ocos ou alveolares (semelhantes ao favo de mel), que ajudam a reduzir seu peso. Supostamente, os dragões teriam que ter esse mesmo modelo de osso. Ter ossos ocos, porém, não seria suficiente para fazer um gigante dragão deslocar-se pelo ar. Entretanto, os ossos ocos combinados com a capacidade de flutuação criada pelo hidrogênio armazenado nas vesículas de vôo poderiam reduzir significativamente o peso de um dragão, fazendo com que pudesse levantar vôo.
• RESPIRANDO FOGO: Então, com suas asas e capacidade de flutuação criada pelos ossos ocos e o hidrogênio, nosso dragão poderia voar. Mas como poderia respirar fogo? O mesmo hidrogênio usado para manter os dragões no ar também é um gás combustível e pode produzir fogo, precisando para tanto apenas da presença de um catalisador. Os dragões poderiam ter usado platina em pó, um catalisador que podiam conseguir através da ingestão de platina, encontrada nas rochas sedimentárias. Platina poderia ter sido a faísca catalítica que reagiria com o hidrogênio armazenado nas vesículas de vôo dos dragões, produzindo fogo.
• ACASALAMENTO: Dragões fêmeas entram no cio uma vez por ano, e vão se acasalar apenas uma vez a cada sete anos. Como os dragões são naturalmente atraídos por objetos brilhantes, uma fêmea pode usar isso para atrair um parceiro. Quando um dragão macho e fêmea se preparam para acasalar, eles começam uma dança de acasalamento assustadora: eles voam a uma grande altura, travam as garras, e caem em queda-livre, só se soltando no último momento. Depois do sucesso no acasalamento, uma fêmea vai construir um ninho de pedras e botar dois ovos. Tal como os crocodilos, os embriões do dragão não possuem sexo definido, o sexo da prole é determinado pela temperatura do ovo.Baixas temperaturas produzem fêmeas e temperaturas mais elevadas, os machos.
Evolução:

Como os dragões teriam evoluído
Dragão Pré-histórico:
Os dragões do período cretáceo foram os maiores animais voadores que já existiram. O dragão pré-histórico é descendente do grupo de dragões aquáticos ou semi-aquáticos que ocupou os pântanos costeiros há mais ou menos 200 milhões de anos, no final do período Triássico, e que deu origem a espécies marítimas e terrestres. As espécies terrestres eram inicialmente quadrúpedes e corriam sobre as quatro patas sem poder voar ou cuspir fogo. Uma dessas espécies desenvolveu a habilidade de correr sobre as pernas traseiras. Como as pernas dianteiras deixaram de ser usadas para se manter de pé ou correr, continuaram evoluindo, transformando-se eventualmente em asas e tornando o vôo possível. Este processo é quase exatamente igual ao da evolução do vôo dos pássaros, descendentes de um pequeno dinossauro bípede.
Em determinado momento – e não existem provas fósseis desta teoria -, os dragões teriam hospedado no intestino uma bactéria ativa capaz de produzir hidrogênio. Isto permitiria que, apesar do seu tamanho, os dragões não sofressem as mesmas restrições de vôo dos pássaros e morcegos, e chegassem a ser os maiores animais voadores da história, desafiando um dos maiores carnívoros daquela época, o Tiranossauro Rex. Além disso, os dragões teriam ingerido minerais inorgânicos, tais como platina, provocando a ignição catalítica do hidrogênio produzido nos intestinos. Esta potente arma, o fôlego de fogo, completou o arsenal do dragão. Começava então, o reinado do dragão pré-histórico.
Dragão Marinho:
Algumas das primeiras espécies de dragões eram aquáticas ou semi-aquáticas e vasculhavam os pântanos e as costas litorâneas, vivendo, na verdade, de maneira muito semelhante aos crocodilos modernos. Quando há cerca de 65 milhões de anos, uma explosão cataclísmica provocou a extinção em massa dos seres vivos, estes dragões aquáticos sobreviveram. Uma eventual mutação dotou estes dragões com um terceiro par de membros, suplementares aos outros dois, e fez desta nova espécie a única classe de vertebrados de seis pernas. 
Alguns destes novos dragões recolonizaram a terra, tornando-se completamente terrestres. Seus membros suplementares evoluíram nas asas totalmente funcionais dos dragões voadores. Outros permaneceram aquáticos, especializando-se mais e mais em recursos alimentares marinhos, como os crustáceos, peixes e tartarugas, animais que conseguiam pegar nas águas rasas do litoral. Com o passar do tempo, eles evoluíram adaptando-se a uma vida plenamente aquática e suas asas rudimentares transformaram-se em barbatanas.
Os peixes ficavam presos na boca dos dragões, cada vez maior e mais longa, e armada com um grande número de dentes afiados que podiam segurar as presas escorregadias. Asa é claro, eram obstáculos e inúteis na água, e, com o tempo, diminuíram e desapareceram.
Dragão da Floresta:
Os dragões da floresta viviam em matas densas e bambuzais. Eles mantiveram a forma corporal longa e sinuosa dos
seus ancestrais aquáticos, uma adaptação útil para atravessar com rapidez a vegetação quase impenetrável da floresta. Conseguiram também reter a capacidade de nadar e, em épocas de muito calor, ou escapando de perigos como os incêndios nas florestas, eles tinham a alternativa de voltar aos rios.
As asas dos dragões da floresta eram curtas e incapazes de voar. Entretanto, estes dragões eram capazes de saltos extraordinários, curvando seus corpos em forma de uma espécie de aerofólio, conseguindo um “impulso” extra das pequenas asas e reduzindo seu peso graças às vesículas de vôo cheias de hidrogênio, como as dos dragões pré-históricos.
Alguns descendentes dos dragões da floresta saíram das matas em busca de alimentos em terrenos abertos, resultando nos magníficos dragões que habitaram a China e o Sudeste da Ásia, além de outras subespécies isoladas que viveram nas ilhas japonesas.
Dragão da Montanha :
O dragão da montanha é assim denominado porque durante o período medieval viveu restrito principalmente às montanhas e a outros habitats remotos. O nome, entretanto, é um pouco inapropriado, pois antes de sofrer a pressão
da agricultura e do crescimento da população humana, a espécie vivia muito mais espalhada nas florestas das planícies e não ficava restrita às montanhas.
Como todos os dragões do período pós-Cretáceo, os dragões da montanha tinham seis membros: um par de asas, além dos dois pares de pernas, resultado de uma vantajosa mutação que ocorreu após a extinção do dragão pré-histórico de duas pernas e duas asas.
O corpo do dragão da montanha era relativamente curto, se comparado ao do dragão marinho. Um corpo compacto era essencial para voar, pois uma coluna vertebral longa e flexível é uma desvantagem para o vôo. A cauda era tão longo quanto o corpo, com uma estrutura em forma de ponta de flecha e afiada como uma lâmina, que servia como arma defensiva. Um golpe lateral da cauda de um dragão poderia decepar o braço de um homem.
By: Luca Lobo